humberto o sousa
Claro que aquilo tudo era pura bobagem. Onde já se viu dizer que mulheres teriam direito a alguma coisa. Só não me levanto e vou dar uns tapas nesta dona porque sou educado. Pela aliança na mão esquerda deve ser casada, o marido desta vaca é um frouxo. Eu deveria é ir embora. Mas tudo bem fico e escuto esta conversa fiada.
Lá em casa o papo é outro. Primeiro foi a Djanira que começou a reclamar que estava insatisfeita sexualmente, eu não fazia gozar e tal, dei-lhe uma surra e coloquei ela na rua. Não sou homem de viver com vagabundas.
Depois a Vilma. Previdente, como sou, mantinha ela trancada em casa. Vá lá saber se ela era vagabunda que nem a outra? Belo dia cheguei e ela havia sumido, arrombou a janela e fugiu. Acertei, era vagabunda que nem a outra.
A última, a Socorro, parece que eu tinha finalmente acertado. Era do interior de Minas e veio para cá sozinha para trabalhar. Começamos a morar juntos e ela tinha como único objetivo me satisfazer e eu era feliz. Um dia cheguei em casa e ela estava lá no sofá segurando a mão de um rapaz. Não pensei duas vezes, tirei o revolver da cintura e matei os dois. No momento havia um carro de polícia passando, e ao ouvir tiros foram investigar, acabei preso em flagrante. Na delegacia aleguei defesa da honra. O delegado me mostrou então os documentos das “vitimas”, ele falava “vitimaas” com a boca cheia, e eles eram irmãos.
Não basta estar sendo julgado por um simples mal entendido ainda tenho que ficar ouvindo desaforos desta tal de promotora. Só não levanto e dou uns tapas nela porque sou educado...
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